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Arquitetos: J Absinthia Vermut, John Marx
- Área: 1400 ft²
- Ano: 2022
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Fotografias:Hannu Rytky, John Marx
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Fabricantes: Dibond
Descrição enviada pela equipe de projeto. O Museu Sem Espectadores finalmente ganhou vida, após ter sido adiado por conta da pandemia. A ideia original para este espaço diferenciado de galeria de arte permaneceu fiel à forma como foi inicialmente concebido pelos líderes e artistas, John Marx e J Absinthia Vermut. O Museu Sem Espectadores enfatiza a inclusividade enquanto se afasta da "arte como um esporte elitista". Ele desafia a noção de que os museus são espaços neutros para a exposição do que os artistas fazem. Embora muitos museus estejam buscando ativamente mudanças, alguns ainda são percebidos como sendo exclusivos. A posição que estas instituições têm no mundo da arte pode dificultar a fuga da noção da "nota de arte um museu" como sendo acima de qualquer outra arte, no entanto, qualquer pessoa que tenha estado no Burning Man saberá que um trabalho excepcional e poderoso está sendo criado fora do contexto do museu, um trabalho com uma profunda ressonância com a sociedade, redefinindo nossa percepção do que constitui arte.
Como arquiteto, John Marx queria que repensássemos a noção dos museus de arte. Assim, no perímetro empoeirado de Black Rock City em Nevada, Marx e Vermut moldaram um museu como nenhum outro. Marx descreve as ideias por trás deste projeto colaborativo: "O Burning Man é um evento que convida você a experimentar a arte não apenas como algo que você poderia apreciar passivamente, mas como um empreendimento conjunto que desencadeia seu próprio potencial criativo. É por isso que Absinthia e eu pensamos que um museu na playa, deveria encorajar todos os “Burners” a fazer obras de arte em um ambiente espontâneo e sem curadoria, como uma maneira ideal de reconsiderar o que os museus podem ser. O espaço também levanta questões interessantes em torno da Faixa de Inclusão Cultural e como isso pode impactar a sociedade em geral".
O Museu Sem Espectadores retoma a natureza totalmente participativa da cultura do Burning Man. Isto contrasta fortemente com a experiência padrão de um museu, onde o visitante "consome" a arte através de exposições de grande sucesso. No Museu Sem Espectadores, o visitante não é mais um consumidor, mas alguém que entra num espaço radicalmente inclusivo onde o processo criativo é um elemento chave na forma como a arte é compartilhada com os outros - uma experiência inerentemente não comercial.
Marx resume o conceito de design para o projeto de arte e arquitetura: "À medida que você se aproxima desta intrigante e misteriosa instalação com suas galerias de formato incomum, parte máquina, parte criatura, parte forma abstrata e surrealista, ela se apresenta como uma lousa em branco, com um exterior expansivo, e as letras do 'Museu Sem Espectadores' pairando acima. Suas formas dinâmicas emergem do nada, mas ainda assim são fundamentadas. A instalação está esperando que você se aproxime e se torne parte dela... para participar."
Como um contraponto à crítica de Banksy à ênfase dos museus modernos de "sair através da loja de presentes", o Museu Sem Espectadores é um estudo sobre a desmercantilização, os participantes entrarão pela "loja de presentes", onde invertemos o uso da palavra "loja" para "fazer" em vez de "comprar". Aqui "Burners" foram encorajados a fazer um presente com sua própria arte criada no local, antes de prosseguir para o museu principal. Neste novo tipo de museu, a arte muda constantemente à medida que 'Burners' vieram e se foram, cada um capaz de cumprir seu potencial como artista. Durante a Semana do Evento, a arte continuou a se desenvolver, com 'Burners' se autoexpressando radicalmente, acrescentando ou subtraindo peças existentes.
J Absinthia Vermut relata o processo do projeto: "O Museu Sem Espectadores surgiu quando John e eu estávamos falando sobre a exposição do Burning Man no Museu de Artes de Oakland. Eu visitei e adorei ver a arte exposta, mas, tendo vivido em Oakland e frequentado o Burning Man por tanto tempo, eu sabia que muitos artistas não estavam incluídos. Sair pela loja de presentes onde vi itens que havia sido presenteados na playa, comercializá-los simplesmente não se alinhava com os princípios do Burning Man… Andar por um museu e olhar a arte de outra pessoa era a definição de espectador. O que era bom, porque não estávamos no Burning Man. Mas e se estivéssemos? Como seria isso"?
A pergunta foi respondida no Museu de 1400,0 ft² construído com armações de tubos de aço e painéis de alumínio Dibond por uma equipe de 30 voluntários no evento Burning Man deste ano, realizado de 28 de agosto a 5 de setembro. Em 2020, a equipe de projeto desenvolveu uma versão digital interativa do Museu Sem Espectadores como parte da série de eventos digitais Burning Man 2020. O Museu Sem Espectadores foi viabilizado com recursos de uma campanha de arrecadação de fundos.
